A arar, o papel, com mil palavras.
A cada dia vinco mais dispersos,
Sulcos, das minhas idéias e lavras.
Soltam-se da minha folha mensagens,
Sonhos longos, eternos, profundos
Palavras novas, vontades, miragens,
Rodas vivas, visões de novos mundos.
Com a profundidade de estar perdido
Entre a vontade de conhecer saborear,
Tudo o que tiver maior valor sentido
O amor, viver, ou um simples pensar.
Procuro, o renascer, o constante chegar
Nesta lavoura, da vida, eterno advir.
Busco uma forma de sempre germinar
E com novo jeito ser, viver e sentir.
Albano Solheira
Foto: Carlos Costa
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